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segunda-feira, 10 de novembro de 2025

O LEGADO DE MUNDICO DE BATISTA

 


Nos tempos em que a carnaúba reinava soberana nos sertões de Felipe Guerra, havia um homem que transformava o suor em progresso: Raimundo Celso, o querido Mundico de Batista.

Na sua prensa de cera, o barulho do ferro e o cheiro da cera quente se misturavam às conversas animadas dos trabalhadores. Ali, muitos pais de família encontravam sustento e dignidade, guiados pela confiança e pela palavra firme de Mundico de Batista, pele clara, estatura mediana, sempre com seus óculos de grau e um bom chapéu na cabeça, ele era figura marcante da Pindoba. Boêmio nas horas de descanso apreciava uma boa prosa e gostava de ver o pôr do sol cair sobre o terreiro, como quem contempla o que ajudou a construir.

Mundico de Batista foi mais que um comerciante no ramo da cera de carnaúba — foi um pioneiro do desenvolvimento local, gerando emprego, movimentando o comércio e acreditando no valor do trabalho simples e honesto. Acreditava que respeito era o melhor negócio, e sua palavra valia mais do que qualquer documento. Foi assim, no trato limpo e no compromisso certo, que construiu uma reputação que o tempo não desfez.

Hoje, o tempo levou seu corpo, mas não o seu nome — porque nomes como o de Mundico não se apagam. Permanecem acesos na memória do povo, vivos nas lembranças de quem o conheceu.E quando alguém fala da velha Pindoba, é impossível não citar Mundico de Batista, pois a história daquela terra ainda guarda, entre as palhas da carnaúba e o cheiro da cera quente, as marcas do seu trabalho e da sua honestidad

 

POR GERALDO FERNANDES

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